quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tem certas viagens que se faz, que são boas do começo ao fim, e essa última que fiz a Israel foi surpreendentemente ótima.
A gastronomia até pouco tempo desvalorizada deu um impressionante salto e desde padarias a restaurantes e bistrôs ultra sofisticados a queijarias e vinícolas com produtos excelentes entremeados por shuks (mercados árabes) coloridíssimos, Israel foi uma surpresa de qualidade no que diz respeito ao gosto pela comida e a fusão, numa cozinha regida a cada tanto por uma leva de imigrantes de algum lugar do mundo.
Tradições culturais gastronômicas são parcialmente mantidas, de alguma forma o clima vai influenciando as preferências e a variedade dos novos sabores obrigatoriamente se mistura aos já conhecidos.
Durante conversas que mantive com algumas pessoas ficou a certeza de que a comida que trazem de casa e que se perpetua por gerações é a ligação primordial de cada um com sua terra, com sua família e com a preservação das lembranças mais afetuosas que fazem parte de seu cotidiano desde a mais tenra infância. Aqui há espaço e gosto para tudo e, meu Deus, as frutas, legumes e verduras têm sabor tão intacto que pode-se comer sem parar e inventar comidas por dias sem fim e foi exatamente o que fiz.
O malabi é um manjar doce, vendido em carrocinhas no mercado e o vendedor me passou essa receita:

Malabi de farinha de arroz

Ingredientes:

1 l de leite
½ xc de farinha de arroz
½ xc de açúcar
2 cls de sopa de água de rosas
1 cl de chá de baunilha
geléia de cassis ou de amoras
Pistache picado

Preparo:

Despeje a farinha em uma tigela e acrescente 100 ml de leite, misturando bem para não encaroçar. Ferva o restante do leite e o açúcar em fogo brando. Acrescente a mistura da farinha de arroz e misture sem desmanchar o mingau que é a base da sobremesa. Diminua a temperatura e cozinhe por mais 5 minutos. Adicione a baunilha e a água de rosas. Distribua o malabi em pequenas tigelas individuais. Guarneça com a geléia e o pistache.
Esfrie completamente antes de refrigerar.