sábado, 26 de maio de 2012

Banana para o almoço de Domingo



A banana-da-terra em algumas regiões é conhecida como banana-chifre-de-boi, banana-comprida ou pacovan, são as maiores bananas conhecidas podendo chegar a 500 gramas a unidade, são ricas mais em amido que açúcar e boas para cozimento e para assar. De todas as espécies, das cerca de cem, é a que contém mais vitaminas A e C.  
A banana tem origem na Ásia e embora algumas espécies selvagens já crescessem em solo brasileiro, os portugueses trouxeram outras espécies que foram domesticadas e o clima tropical fez o resto. No Brasil é a fruta mais popular e a segunda mais produzida. Aparentemente a banana é a fruta mais antiga do planeta e aparece em escritos budistas datados de 600 a.C.


Involtini de banana da terra

Ingredientes:

1 banana da terra quase madura
2 a 3 abobrinhas
1 cl de chá de manteiga ou gotas de azeite de trufas (opcional)
azeite
alecrim
2 cls de sopa de queijo parmesão
sal a gosto
passata de tomates
parmesão

Preparo:

abobrinha

Lave bem a abobrinha e fatie com um descascador de batatas e tiras finas, cubra uma forma com papel manteiga, disponha as fatias de abobrinha, cubra com alecrim e um fio de azeite, asse por 10/15 minutos ou até que as pontas escureçam.

purê de banana

Lave bem a casca da banana, corte as pontas e leve para cozinhar em água ligeiramente salgada com um pau de canela e um cravo. Quando estiver macia, descasque com o auxilio de um garfo, amasse bem, adicione algumas gotas de azeite de trufas misture bem e acrescente 1 ou 2 colheres de molho roux e o parmesão, reserve.

molho roux

Ingredientes:

1cl de sopa de farinha de trigo
1cl de sopa de manteiga
250 ml de leite
1 pitada de sal
1 pitada de noz moscada


Preparo:

Dilua a farinha em um pouco de leite frio mexendo para dissolver bem. Acrescente o restante do leite, a manteiga, sal e noz moscada e leve à fervura em fogo brando, até que atinja consistência de mingau. Aplique quando esfriar.

Passata de tomates

Ingredientes:

10 tomates bem maduros
Azeite
Orégano fresco
galho de alecrim
4 cabeças de alho picado
1 cravo
30 ml de vinho tinto de boa qualidade
Sal
1 talo de aipo (salsão) bem lavado


Preparo:

Para descascar os tomates acomode-os em peneira de nylon e despeje 1litro de água fervente, puxe a pele quando esfriar tire as sementes e refogue no azeite e alho, tampe a panela por alguns minutos e deixe em fogo brando. Quando começar a aguar junte o orégano, alecrim, cravo, e o talo de aipo. Mantenha o fogo brando e mexa até reduzir aproximadamente 1/3 do caldo. Retire do fogo e deixe esfriar antes de processar bem todos os ingredientes. Coe em peneira de nylon e retorne ao fogo brando. Adicione o vinho e tampe a panela. Desligue o fogo e deixe o vinho apurar, salgue a gosto.



Montagem:

Faça pequenos rolinhos recheados com o purê, arranje em refratário, cubra com a passata de tomates e o parmesão ralado, leve para gratinar e sirva com salada verde e vinagrete de maracujá.

vinagrete de maracujá

ingredientes:

suco de 1 maracujá
suco de 1 laranja
suco de ½ limão siciliano
pimenta ralada
1 pitada de sal
1 cl de sobremesa de mel

preparo:

bata todos os ingredientes e aplique

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Hormônios e antibióticos em nossos cardápios



Sempre me dá calafrios ao pensar no quanto consumimos de não comida em nossas refeições diárias. Os debates sobre o uso de hormônios e antibióticos em animais de abate são acalorados e os grandes produtores insistem em dizer que nenhum dos dois é usado em seus animais, mas o fato é que animais de abate em massa têm amadurecimento muito mais rápido do que animais criados de forma caipira, o que sugere hormônio de crescimento. Animais de abate em massa ficam expostos a doenças que se não detectadas rapidamente dizimariam a população inteira de um criadouro onde nascem, crescem e morrem confinados, e no caso de doença, como debelá-la num ambiente fechado e tão populoso, antibióticos? 
Os produtos desses animais também estão carregados dos remédios que ingerem além dos possíveis pesticidas agregados ao pasto comum e o produto das rações, perspectiva sombria...  Os vegetais que chegam às nossas mesas também não estão livres de venenos, ao contrário, os grandes produtores podem afirmar que não, porém na hora de exportar para países de primeiro mundo se não mudam as regras, o produto é rejeitado e eu me pergunto: se na atualidade nossa economia vai indo bem obrigada, porque as regras não mudam aqui também? Lutar pela qualidade do que comemos enquanto lutamos pelos direitos animais é um posicionamento político que exige ação, e ações nem sempre são fáceis de engolir. O que vemos no mundo é que boicotes e sanções são capazes de remover montanhas, e, no entanto, passivos como gado de abate continuamos a consumir indiscriminadamente todo o veneno que nos oferecem a preços exorbitantes, assistindo a proliferação de doenças, que sinceramente, dado os anos que existem e o dinheiro investido em pesquisa já deviam ter apontado alguma solução positiva. Não sou cientista, mas pesquisadora e observadora e acredito que a comida é grande causador das dificuldades na doença e na recuperação da saúde deteriorada, há sem dúvida outros complicadores que fazem parte do nosso cotidiano, mas a comida freqüenta nossa vida mais do que qualquer um deles e é na atualidade uma de nossas maiores obsessões. Se pesquisarmos do que é capaz o excesso ou a falta de hormônios ou de antibióticos, talvez reconsideremos nossas escolhas, o conhecimento é sempre a melhor arma de resistência que podemos ter e é tolice pensar e dizer que ignorar é uma bênção. Uma vez que cada um de nós passar a prestar mais atenção com o que se alimenta, vai ser possível evitar enormes dores de cabeça futuras e na ponta do lápis economizar uma fortuna em médicos e remédios. Vivemos um século ansioso, deprimido, obeso e apesar de tantos avanços não somos capazes de deter o desenvolvimento de uma simples gripe e isso é no mínimo estranho. Nossa imunidade a doenças é a cada dia mais baixa e estamos sujeitos a epidemias descontroladas e resistentes a antibióticos como nossos ancestrais do começo do século dezenove, estamos, no fim das contas, desamparados. Manipuladores de uma tecnologia super moderna não conseguimos reverter uma dor de cabeça ou um espirro em pleno século XXI, o que deveria nos levar a pensar que talvez precisemos rever muitos valores e investimentos que fazemos diariamente de olhos fechados. Orgânicos ainda parecem caros porque a manutenção da técnica depende do aumento no consumo, porém investir menos no que se come pode significar maior investimento em doenças em detrimento de uma boa qualidade de vida mais longa e saudável. Quando for comprar pense duas vezes no que que vai colocar no carrinho, a saúde agradece pelo cuidado. Bon appétit!

domingo, 20 de maio de 2012

Segunda-feira sem carne


Dia de céu azul e brisa fresca, combinação perfeita e característica de outono do Rio de Janeiro que exibe flores fora de estação salpicadas em cachos de diversas cores pelos canteiros naturais espalhados pela cidade. A mata atlântica que margeia a zona sul vai bem obrigada e exibe um verde mais pujante do que nunca, a natureza nessa época fica lavada e enxaguada por chuvas esparsas que dão uma folguinha do calor. Na Avenida Ataulfo de Paiva, mal as jacas despontam na esquina da Venâncio flores e já são arrancadas, muito não crescem nessa terra abençoada onde até o que não se planta propositadamente, dá. Me lembro anos atrás quando ainda nem tinha linha vermelha, dentro de um táxi rumo  aeroporto do galeão via Avenida Brasil, vi subindo de dentro de um bueiro um pé de chuchu, e por falar em chuchu...

creme de chuchu (por pessoa)

ingredientes:

2 chuchus descascados e picados
1 dente de alho bem picado
1 cl sobremesa de azeite
2 xícaras de *molho roux
2 a 3 galhos de cebolinha bem picada
1 cl de sopa de parmesão ralado
sal a gosto

preparo:

refogue o chuchu no alho e azeite até que amacie, deixe esfriar e processe. Acrescente o molho roux e sirva em bowls individuais, guarnecido com parmesão e cebolinha.


* Molho roux ou béchamel básico

Ingredientes:

1cl de sopa de farinha de trigo
1cl de sopa de manteiga
200 ml de leite
1 pitada de sal
1 pitada de noz moscada


Preparo:

Dilua a farinha em um pouco de leite frio mexendo para dissolver bem. Acrescente o restante do leite, a manteiga, sal e noz moscada e leve à fervura em fogo brando, até que atinja consistência de mingau. Aplique.


Polenta no azeite de trufas com couve arame e chalotas carameladas


Ingredientes para a polenta:

2 colheres de sopa de azeite
2 litros de água
1 colher de sopa de sal
1 bouquet garni
2 xc de fubá
2 cl sopa de parmesão ralado
azeite de trufas

Preparo:

Junte o bouquet garni a água já salgada para aquecer em fogo brando e acrescente o azeite, quando começar a borbulhar retire o bouquet e acrescente o fubá e o parmesão aos poucos sempre mexendo vigorosamente para não encaroçar, quando o fundo da panela aparecer 15/20 minutos e desligue o fogo. Unte levemente uma forma redonda antiaderente com fundo removível com azeite e despeje nela a polenta, pincele com azeite de trufas e disponha por cima alguns galhos de alecrim e leve ao forno quente por 5/10 minutos. Doure apenas, deixe esfriar um pouco e corte em fatias.

Couve arame

(não sou amiga de frituras, acho que essa é a única de minhas receitas fritas e deve ser bem sequinha, o azeite aqui não deve interferir no sabor final. Lembrando que azeite é óleo vegetal e que suporta altas temperaturas sem quebrar- http://www.oliveoilsource.com/page/heating-olive-oil )

Ingredientes:

1 pé de couve
1 dente de alho
azeite


Preparo:

Lave bem a couve corte bem fininha. Coloque o dente de alho e o azeite em uma panela de fritura e aqueça, quando o alho estiver começando a escurecer retire e ponha em pequenas porções a couve para fritar. Disponha sobre papel toalha para absorver o azeite e reserve.

chalotas (pequenas cebolas) carameladas

Ingredientes:

3 a 4 chalotas por pessoa
½ copo de suco de laranja acrescido de 2 cravos
1 cl de sobremesa de geléia de laranja
1 cl de chá de geléia de pimenta
1 cl de chá de manteiga

Preparo:

Derreta a manteiga em fogo baixo e acrescente as chalotas, refogue e junte aos poucos o suco e as geléias, cozinhe até que o suco tenha quase secado e as chalotas estejam carameladas.

Fool de maracujá

Ingredientes:

1 copo de iogurte caseiro bem drenado (receita nos posts mais antigos do blog)
½ pacote de gelatina de maracujá diet
1 cl de sopa de creme de leite dieta

Preparo:

Com um garfo misture bem todos os ingredientes e leve para gelar por 2 horas. Guarneça com sementes de maracujá ou folhinha de hortelã.