sábado, 10 de dezembro de 2011

A pressa é inimiga da refeição

Eu já sabia disso, mas pressa é pressa e com preguiça de andar mais umas poucas quadras por conta de uma chuvinha enjoada encurtei o caminho, e muitas vezes os atalhos abrigam apenas armadilhas. E foi assim que sem ter tempo para cozinhar hoje apelei para o pior endereço de massas do Leblon: A Pastrella- (Avenida Ataulfo de Paiva, 27 - Leblon Rio de Janeiro – em frente ao edifício dos jornalistas) que sempre foi bem ruim, mas passando dessa vez e olhando pela vitrine percebi uma ligeira reforma e muito mais atendentes o que pelas minhas contas indicava melhor serviço,ledo engano... Tivesse andado mais umas poucas quadras ou pedido por telefone a Cantinella- (Cobal do Leblon R.Gilberto Cardoso, s/n Ljs. 5 e 8 Tels: (21) 2259-1498 / (21) 2511-5436 Tel/Fax: (21) 2274-6990) teria com certeza sido mais feliz...Para começar o pedido colocado na sacola veio errado e tive que esperar aproximadamente duas horas para vê-lo trocado,o endereço é a poucas quadras da minha casa,depois uma diferença de quase R$13 foi cobrada mesmo eu dizendo quanto tinha pago pelo pedido,ou seja: no mínimo deveriam ter se aproximado no peso do total que tinha pago e para completar, minhas suspeitas foram justificadas. Tudo o que foi comprado era para meu filho que não gostou de nada, a mini pizza (mais cara que uma fatia da pizzaria mais badalada do baixo Leblon) tinha como base uma massa do tipo congelada barata, o queijo era absolutamente gorduroso e o gosto indecifrável. Procurei o endereço no facebook, mas eles não estão lá, uma pena. Maus serviços, principalmente os caros, a gente não deve deixar barato ou vamos sempre pagar alto por qualidade ruim. Olho vivo que o novo espaço do Olivier Cozan vem por aí para arrasar,vai ser no Leblon e o projeto dele é o seguinte: água de cortesia, couvert de cortesia , primeiro restaurante do brasil que nao vai cobrar servico , todos funcionarios sao socios ! almoco 34 reais entrada,prato sobremesa no coracao de leblon ! a escqueci primeiro boulangerie , chocolate,biscoito tudo self servico a kilos mais barato que supermercado ! hahahaha aguarde as noticias temos mais.
No mais bom sábdo friozinho e trés bom appétit!

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Sabe a história do alho e do vampiro? Ta no final do artigo!

Foi uma surpresa descobrir que não somos autônomos na produção de alho, e importamos… da China e da Argentina. Agricultores do sul alegam que o alho argentino vem barato porque é “podre” e assim desvaloriza o nosso que acaba saindo mais caro e como se pode ver nem tudo o que está barato é alimento da estação e muito menos local.
Antes dos medicamentos sofisticados a natureza não funcionava apenas como celeiro alimentar, mas como farmácia e talvez o primeiro uso do alho tenha sido como remédio.
Nós modernos somos tão viciados em química para sobreviver que quando cruzamos o caminho de alguém que usa alimentação como fonte de cura achamos engraçado, mas basta clicar no Google para ver como as propriedades do alho hoje são cientificamente comprovadas, o que é bem divertido de se observar; milhares de anos curando milhares de pessoas não foram suficientes para comprovar sua eficiência.
A trajetória do alho nunca foi fácil, há aproximadamente 6000 viajou da Ásia ao oriente e chegou finalmente a Europa que através das colonizações disseminou seu uso e plantação. Em todas as terras onde se enraizou o alho foi tão fundamental quanto o sal, mas por conta do forte odor foi inicialmente rejeitado pela aristocracia e François-Vincent Raspail (1794–1878) químico, naturalista e fisiologista francês, ele mesmo um aristocrata, o apelidou de cânfora dos pobres e não viveu o suficiente para mudar de idéia a seu respeito. O alho já foi moeda de troca na compra de escravos, no pagamento de impostos, usado como reforço alimentar, base para medicamentos e na conservação e mumificação de corpos, a nenhuma outra planta foi atribuído tamanho poder na proteção contra malignidades aliado as suas qualidades medicinais. Achei o artigo que se segue bastante interessante e esclarecedor no que diz respeito a vampiros e alho...

O pavor do Drácula de Bram Stocker à cruz é facilmente explicado, mas tanto a suscetibilidade fatal à luz solar como a ojeriza ao alho, podem ter sido inspiradas em pessoas reais portadoras de porfiria, uma doença rara do sangue.
O nome porfiria vem do grego porphiros, significando vermelho-arroxeado.
"Na porfiria pigmentos conhecidos como porfirinas acumulam-se na pele, ossos e dentes. Estas podem ser benignas no escuro, mas se transformam em toxinas cáusticas e corrosivas ao tecido cutâneo sob a luz solar. Sem tratamento, chegam a causar desfigurações tais como ouvidos (?) e narizes mutilados, lábios carcomidos e, as gengivas, revelam dentes vermelhos semelhantes a presas. A pele, por sua vez, adquire o aspecto retalhado de cicatrizes com excesso de pigmentação e uma palidez cadavérica, revelando a anemia subjacente". (Nick Lane, 2003).*
A porfiria é doença genética e mesmo que alguns dos sintomas não possam ser aliviados, atualmente o principal tratamento para alguns tipos é a injeção de concentrado de glóbulos vermelhos (hemácias) ou soluções do Grupo Heme. Recomenda-se também aos pacientes o uso continuado de filtros solares.
Na Idade Média, entretanto, essa injeção era impossível, pois não havia sido descoberta. Pode ser então que algum paciente tenha sido orientado ou induzido por algum curandeiro a comer ferro, carne crua ou a beber sangue. Nascia, assim, a lenda – ou o mito – do Vampiro e do Lobisomem.
A natureza genética da porfiria juntamente com o casamento entre membros de uma mesma família em alguns grupos étnicos europeus orientais e entre a nobreza européia em geral, poderia ter desencadeado a doença em pessoas geneticamente ligadas. A lenda da maldição familiar dos lobisomens – ser lobisomem o sexto ou o sétimo filho do casal – pode ter se originado desse fato.
"Quanto à crença folclórica sobre o poder do alho para afugentar vampiros, é porque existe no fígado uma enzima chamada de Citocromo P450. Ocorre que muitas drogas e compostos orgânicos que destroem o Grupo Heme do Citocromo P450 hepático, têm muito em comum com um dos principais componentes do alho, o diaquilsulfito, que é volátil. Isso sugere que a ingestão ou aspiração de alho aumenta a severidade de um ataque de porfiria". (Thiago Varela, 2003).
Informaçoes da página http://www.lunaeamigos.com.br/vampirismo/vampiro03.htm