quarta-feira, 28 de julho de 2010

Caldos, sopas, cremes, bouillons

Não é que o inverno do Rio de Janeiro seja realmente frio, mas há dias em que a temperatura baixa pede um creme quente, um caldo ou uma sopa fumegante que possa ser acompanhada por um pão integral de farinha forte e um copo de vinho tinto pra aquecer corpo e alma.
Desde que existe o fogo, existe sopa, que foi sempre uma maneira de aproveitar legumes e verduras que de outra forma poderiam se deteriorar.
Também as carcaças dos animais eram e são recicladas, ao invés de serem sumariamente descartadas reforçam um caldo, alma de muitos pratos.
Antigamente a economia era mais racional, o consumo menos desenfreado, e os descartáveis pouco prováveis. A família se reunia em torno de uma boa mesa a cada fim de semana e as mulheres, que não trabalhavam fora, se esmeravam na culinária, com preparos que podiam levar toda uma semana e que desde sempre equilibraram a saúde e a economia doméstica. O homem provia, a mulher administrava.
Digamos que esse posicionamento foi sempre objeto de polêmica interna, mas a verdade é que reinados e governos passaram sempre por problemas similares.
Quem seria mais importante, o provedor ou o administrador?
Pessoalmente acho que o questionamento equivaleria quase a um: como um pássaro voaria melhor, com uma ou duas asas?
Bom, voltemos à nossa sopa.
Com o evento da mulher que trabalha fora, a prática doméstica da culinária familiar foi perdendo espaço, enquanto a propaganda se encarregava de criar verdadeiras odes apoteóticas aos primórdios do fast food.
No começo talvez tenham vindo as embalagens, para acomodar as comidas trazidas de casa, mas depois...Depois a sopa passou a ser desidratada e a cada dia conter mais coisas estranhas à sopa propriamente dita. Um monte de corantes, conservantes e acidulantes artificiais que prometem uma receita bem natural, um sabor como nos tempos da vovó que se debate no túmulo ouvindo tamanha barbaridade!
Tá bem, tá bem, também não vamos ser tão radicais.
Onde arranjar tempo pra se preparar essas coisas?
Acho que é possível se dedicar algum tempo, nem que seja apenas um pouco, para preparar não apenas saúde, mas sabor pra se alimentar, e depois aliar o sabor a tecnologia e assim, viverem os dois em comunhão e felizes para sempre.
Como sou muito rápida na cozinha, sempre acho que a indústria se encarregou de nos dizer que cozinhar dá muito trabalho, desqualificando uma atividade feminina que é desenvolver carinho e cuidado, além de equilíbrio orçamentário através da culinária.
Os chefs homens existiram desde sempre e a cozinha em grande escala ontem e hoje, exige força física e alguns fortes, são além de tudo talentosos e mantêm talvez equilibrados o masculino e o feminino interno, sem questionarem quantas asas um pássaro necessita para voar.
Hoje a aula é de caldo, fundamental para risoto, também vamos preparar couscous marroquino que acompanhado de algum tipo de guisado precisa de caldo.
Au bouillon allors!

domingo, 25 de julho de 2010

amanhã tem aula com sorvete!

A partir de 2002, o 23 de setembro comemora o Dia do Sorvete.
Instituída pela ABIS (Associação Brasileira das Indústrias de Sorvete), a data foi escolhida por marcar o início das temperaturas mais quentes do ano no país, época em que o consumo de sorvetes no Brasil se acentua.
A origem do sorvete remonta ao século IV a.C, mas há referências ao sorvete durante o império de Nero, por volta dos anos 60 da era cristã. O imperador teria ordenado que fosse trazido gelo das montanhas para ser misturado a frutas.
Mas foi na China que cozinheiros do rei Tang (dinastia Tang 618/697) criaram uma receita a partir da mistura de leite de búfala, farinhas e frutas, provável mistura que chegou a Itália pelas mãos de Marco Pólo em 1292, para deleite das cortes européias.

A prática do uso do sal misturado ao gelo para reduzir e controlar a temperatura dos ingredientes do sorvete durante sua confecção foi uma descoberta fundamental que simplesmente se disseminou entre produtores até a descoberta de outros métodos mais eficazes como a do tonel congelável de madeira com pás rotatórias para eliminar os cristais de gelo da mistura e obter uma massa mais homogênea.
Bem mais tarde foi atribuída a químicos britânicos a tecnologia de aerar o sorvete, tornando-o muito mais cremoso, como o conhecemos atualmente.
Existem atualmente no mercado máquinas para a confecção de sorvetes caseiros com preços super razoáveis, a partir de R$ 140.00.

Sorvete super fácil

Ingredientes:

1 lata de creme de leite gelado e dessorado
½ lata de leite condensado
1 cl de chá de baunilha

Preparo:

Processe todos os ingredientes e ponha pra gelar na sorveteira por 30/40 minutos, coloque em recipiente com tampa e leve ao freezer por 2/3 horas. Se não tiver sorveteira leve diretamente e bata a mistura 2 vezes num espaço de 2 horas.