terça-feira, 22 de março de 2011

Porque hoje é sábado...

Essa frase/titulo do poema de Vinicius de Moraes sempre me cabe no pé como sapato encomendado para os sábados especiais. Não gosto sempre de sábados, mas também não é necessário bani-los do calendário, não de vez... Mas concordo com Vinicius que os sábados oscilam entre o frenético e o desagradável; palco de algumas tragédias anunciadas e outras guardadas a sete chaves, os sábados deságuam angústias e ansiedades represadas até a sexta passada.
Nada foi programado e se tivesse sido talvez não tivesse o mesmo resultado. Bia, Junqueira, nos convidou para assistir a Eva do Futuro no SESI da Graça Aranha em curtíssima temporada. Véspera de Obama, ruas interditadas, mas mesmo assim estacionamos próximo ao teatro, rua meio escura, mas assalto? Nem pensar! Nunca se tinha visto na história do centro da cidade noturno tantos policiais por metro quadrado, gentileza não faltava, tomara que essa nova fase da nossa polícia não fique apenas na fase.
Pedro Paulo Rangel, Larissa Maciel e Bruno Ferrari deram um show em cena e o teatro que cheio não estava tinha celebridades na platéia como Guel Arraes e Aderbal Freire.
A noite era de lua cheia, não uma lua qualquer, mas uma super lua e queríamos um lugar especial para admirá-la depois da peça, mas à medida que fazíamos um inventário mental dos restaurantes da área nos desanimávamos e foi então que a Bia lembrou de um projeto de um arquiteto conhecido seu, o João Calafate, e saímos em busca de um restaurante que não conhecíamos, não sabíamos muito bem o que servia e nem onde ficava exatamente. Estacionamos na rua lateral para não nos comprometermos se não quiséssemos ficar e de cara aconteceu exatamente o contrário.
A frente de vidro deixou logo à mostra ao que vinha; um mesão avizinhado de outras duas ou três mesinhas, paredes descascadas até alcançar a argamassa original do prédio e no chão ladrilho hidráulico entremeado por tábuas, à direita da entrada estantes a meio do pé direito alto com vinho de todo lugar, à esquerda uma adega refrigerada com algumas preciosidades a serem, quem sabe, futuramente degustadas e mais mesas.
Cardápio enxuto e saboroso, dois jovens sommeliers para ajudar com tanta escolha e um deles ex-chef, serviço muito simpático. O vinho escolhido foi um carmènere da vinícola Geisse, El Sueño safra 2006, acompanhado de pene com um molho diferente para cada, as sobremesas foram três delícias e as colheres fartas, comme Il faut. Foram R$70 por cabeça, incluindo águas São Lourenço e San Pelegrino
O lugar? Symposium vinhos na rua Ipiranga 65, que pode ser visitado previamente no endereço www.symposiumvinhos.com.br, bonne semaine!

PS: O El Sueño faz parte de um projeto da família Geisse,viticultores famosos do Rio Grande do sul, vale a pena o passeio na página http://www.amadeu.com.br/BR/noticias_sueno.html

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