segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Deu nos jornais, revistas e televisão

Muito bom ver um movimento, pelo menos de curiosidade, em relação ao universo orgânico, mas as fórmulas ensinadas na TV para “limpar” verduras e legumes são no mínimo estranhas, porque se fossem assim efetivas isso equivaleria a dizer que o agrotóxico com o qual foram borrifados permanece apenas na superfície do alimento, coisa que foi negada pelos técnicos que afirmaram, no entanto, que o método ensinado não elimina totalmente o veneno, faltou talvez dizer que alguns agrotóxicos contêm ingredientes que são cumulativos no organismo, ou seja: não são expelidos pelo corpo e alguns vegetais quando cozidos diferentemente do que acreditamos não eliminam o composto, mas ao contrário o potencializam. Surpreendente também foi escutar que nosso paladar não pode sentir quando um alimento contém agrotóxico,ora, há séculos atrás a cenoura era substituta de açúcar, antes mesmo da beterraba, imagine fazer-se açúcar com gosto de sabão que é o sabor da cenoura não orgânica que comemos atualmente, isso sem falar de alfaces, tomates e pepinos com gosto metálico. Culpa da semente, do solo, do clima, da colheita ter sido feita prematuramente? Pois eu gostaria de ouvir a opinião de pesquisadores no assunto, toxicólogos e não técnicos da ANVISA, com todo respeito. Explico porque: pesquisadores se debruçam exaustivamente sobre o assunto enquanto técnicos têm diferentes prioridades e talvez não sejam particularmente especialistas na área.
O que aprendi desde há muitos anos é que a limpeza ajuda a eliminar o excesso superficial, mas o que ficou no solo, no ar e além da casca não pode ser eliminado, dito isto a gente precisa considerar, por exemplo, o fato de morangos e alfaces não terem casca, e agora José?
Há muitas páginas na internet falando sobre o assunto, é vergonhoso constatar que o Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador de agrotóxicos no mundo.
Acho que não deve ser fácil recuperar uma terra infestada e nem começar do zero numa empreitada agrícola, os custos iniciais devem ser altos, mas todo investimento necessita de um pouco de suor e o que aqui está em jogo é a vida do solo, da água e do ar que consumimos, a vida de agricultores, polinizadores naturais e a do consumidor final.
No Rio de Janeiro é possível se aproximar bastante de áreas orgânicas e conhecer como funcionam, receber informações com quem tem experiência de sucesso em seu negócio, é fato que para os pequenos produtores nunca é muito fácil e que estão sempre mais expostos às intempéries, mas muitos trabalham nos diversos níveis de plantio consciente. No Sítio do Moinho é possível programar visitas e ter uma informação mais empírica, mas é preciso marcar a visita para ser guiado: http://www.sitiodomoinho.com/ .
Talvez muitas das mazelas das quais soframos atualmente estejam mais ligadas ao que ingerimos do que possamos imaginar, separei algumas das muitas páginas que visitei na internet para me atualizar, vale dar uma olhada. No mais somos totalmente donos de nossas escolhas mesmo quando achamos que não, bom appétit toujours!

http://www.unicamp.br/fea/ortega/temas530/julianaa.htm
http://www.vigilanciasanitaria.sc.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=556&Itemid=571
http://www.ecologiamedica.net/2010/05/vale-pena-pagar-mais-por-certos.html

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