terça-feira, 24 de agosto de 2010

Geléia do que?

Nos habituamos a usar como molho, nas saladas, em sanduíches, sopas, sucos e drinques e terminamos por achar que o tomate é um legume, mas na verdade é uma fruta, e super versátil.
Ontem fiz uma geléia-puxa, um grau antes do doce de corte e ficou excelente.
O tomate é comumente associado à Itália, principalmente à culinária Toscana, onde é ingrediente fundamental. Porém sua provável origem é o Peru, embora exista alguma controvérsia.
Parte da dieta da América pré-colombiana, o tomate foi levado para a Europa pelos navegadores durante o período dos descobrimentos e com ele o milho, alguns feijões, batatas, e frutas como abacate e o cacau entre outros.
Na época, apesar de acharem que o tomate poderia ser venenoso pela sua semelhança com as mandrágoras, frutas com poder afrodisíaco, alucinógeno, analgésico e narcótico usadas em rituais de bruxarias, os europeus resolveram plantá-lo como cerca viva, para talvez manter à boa distância visitantes indesejáveis.
Mais tarde o tomate ganhou enorme popularidade e se consagrou como ingrediente indispensável na cozinha mediterrânea.
De acordo com registros da época o tomate chegou ao porto de Sevilha, primeiro porto de saída europeu até América, e o fruto foi negociado ali mesmo com a Itália e países baixos.
Atualmente existem muitas variedades de tomate no mercado, a pena é que uma grande parte vem infestada de agrotóxico e a diferença de gosto desses com os orgânicos é inenarrável. Os orgânicos são em geral muito doces em contrapartida com a acidez dos outros.
Os formatos encontrados para venda são os mais variados e também a coloração. Atualmente é possível encontrar além dos tradicionais vermelhos, tomates rosados, amarelos, laranja e verdes.
O pomodoro, como é chamado em italiano (maçãs douradas) se deve ao fato de que os primeiros frutos que alcançarem solo italiano tinham essa cor e alguns anos mais tarde apareceria em solo europeu o tomate vermelho.
O tomate é rico em licopeno, poderoso antioxidante e rico em vitaminas do complexo A e B, além de fonte de fósforo, potássio, ácido fólico, cálcio e frutose.
Ah, da receita não esqueci não, quem sabe no próximo curso ela sai como ingrediente do high tea, uma deliciosa tradição vitoriana? Até lá!

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