quinta-feira, 16 de junho de 2011

eclipse, pizza e alecrim!

O verão em Israel tem estado maravilhoso, poucos dias de calor, alguma chuva improvável para a época do ano e finais de dias absolutamente lindos!
Ontem passamos o dia de um lado para o outro e testemunhamos um pôr de sol que a sua volta tonalizou o céu do amarelo ao roxo com todas as nuances possíveis de A a Z. Descendo a serra de Tzfat (no eixo das cidades religiosas de Jerusalém, Tzfat, Hebron e Tiberias) demos com uma lua se levantando enorme e transparente até que tomou o céu completamente, deslumbrante, e quando chegamos em casa começava o eclipse total. Num lugar aberto como é o caso de um kibutz, pode-se perceber o céu sem interferência externa e à medida que a lua alaranjava e escurecia as estrelas salpicavam a noite como pequenos faróis, observando apenas, sem intervir no espetáculo que durou mais de duas horas e foi brindado com espumante e pizza ao lado de uma touceira perfumada de alecrim.
No dia anterior fomos a Tel Aviv e como não poderia deixar de ser terminamos em Neveh Tzedek, bairro no quarteirão iemenita e primeiro a ser construído na então nova cidade de Tel Aviv em 1887. O bairro é bem pequeno e tudo nele é muito charmoso; pequenas butiques, cafés, galerias de arte e joalherias, lojas de colorido bom gosto e restaurantes... Ah, os restaurantes em Neve Tzedek ...
Dessa vez fomos ao Dalal, ao lado da Casa de Cultura Suzan Dalal, na entrada já se tem uma panorâmica do que nos espera em matéria de serviço que em nada deixa a desejar. Pedimos um Yarden Katzrin Chardonnay e com ele água San Pelegrino e pães finamente fatiados (preto e branco) da própria padaria, seguidos pelo menu executivo de pura delícia; o meu salada Dalal, a mais típica de Israel com pepinos e tomates frescos, cebolas, ervas e vinagrete suave e depois um gnocchi integral ao capuccino de shitake, tudo isso alinhavado no final por minha sobremesa favorita daqui,(quando bem feita): cheese cake com frutas vermelhas.
Em tempo, a torta de queijo não é de origem nem italiana e nem americana, voltou para essas bandas em inglês, mas é na verdade grega e foi criada para restabelecer a energia dos atletas quando começaram os jogos olímpicos na Grécia, uma anciã de respeito.
Com essa fórmula, quase uma barrinha energética da época, os atletas não apenas se alimentavam de leite fermentado de digestão mais fácil como se preveniam de possíveis câimbras, depois disso a ‘torta’ viajou pelo mundo tomando outros formatos até ser um dos doces mais populares nos EUA, eu costumo dizer que o mediterrâneo só percebeu o conteúdo de sabor, riqueza e saúde da sua alimentação depois que o resto do mundo adotou sua dieta.
No mais os dias vão sendo um laboratório de receitas onde os frutos da terra são inspiradores e de onde receitas saborosas e passeios maravilhosos saíram para meu próximo livro, além de algumas experiências muito saborosas que vão ser servidas no lançamento do Da Colheita para a Mesa acompanhando a estação. Até lá!


Através desse site da Casa de Cultura Suzan Dalal é possível fazer alguns pequenos tours virtuais por Neve Tzedek. http://www.yourway.co.il/suzan_dalal2_tel_aviv_virtual_tour.html

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