domingo, 25 de agosto de 2013

Do Tao ao Chá





O Taoismo foi formulado por Lao Tze no século VI a. C. e de acordo com seus princípios longe de ser um complexo emaranhado de eventos o mundo é na verdade bastante simples, sendo todas as formas materiais meras manifestações de Yin e Yang circundadas pela energia Qi, porém para compreender e viver em harmonia com a criação é preciso desistir das complicações desnecessárias e entrar no caminho da menor resistência permitindo a fluência natural da existência ao invés de tentar constantemente lançar mão do impossível controle sobre todas as coisas.
De acordo com livro de hábitos e costumes do povo chinês a primeira cerimônia de chá foi oferecida respeitosamente por Kuanyin a seu professor Lao-Tze, que foi concebido quando sua mãe engoliu uma pérola de luz. Sua gestação teria durado oitenta e um anos:


 Lao Tze nasceu do lado esquerdo das costelas da sagrada mãe, no jardim da família sob uma ameixeira, tinha corpo adulto, cabelos brancos e orelhas grandes, e por isso, recebeu o nome de Lao Tze (filho velho).”



Lao Tze foi uma personagem muito popular na China e uma das muitas histórias a seu respeito é de que teve treze encarnações desde a remota Era Fuxi, sendo que na última delas teria vivido 990 anos e viajado para a Índia onde implantou o Tao. Outra versão afirma que teria vivido até os 180 anos de idade e que mais da metade da vida ficou recluso em uma caverna depois que decepcionado com a natureza humana deixou sua vida na corte para se isolar nas montanhas. Lao Tze teria deixado a cidade através do portão Han onde estava o guardião Yin Hsi, (na verdade um sábio que ocupava aquele posto havia anos a espera de um grande mestre que, intuía, cruzaria aqueles portões) e quando Lao Tze passou por ele Yin Hsi lhe ofereceu uma xícara de chá reverentemente e desse encontro entre os dois homens teria nascido o Tao Te Ching, o cânone taoista e também a primeira cerimônia de chá.
Existem manifestações ou fenômenos que podem apenas ser pressentidos e dificilmente alcançam ser descritos com sucesso através de conceitos ou palavras, assim o ritual do chá privilegia a contemplação da transitoriedade e da imperfeição, numa exibição estética às vezes descrita como imperfeita, impermanente e incompleta como os três selos da existência que são; impermanência, vacuidade e ausência de natureza auto-suficiente,
  -extrato do livro Vuagem ao Mundo do Chá-
   







 

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